segunda-feira, setembro 30, 2013

Estou de volta com aquela sensação terrível de não saber diferenciar memórias de sonhos. São coisas pequenas, na verdade. Uma mão esticada e a falta de foco, uma piada feita pra um amigo que não riu, uma roupa passada que insistia em não esticar, a música que sei não existir grudada na mente. Culpo o excesso de sono. Já se soma 12 ou 13 horas por dia? Não há mais nenhuma vontade real. Nenhum desejo constante. Somente a certeza do que já foi negado. O que permanece é o não decidido, uma eterna sequencia de planificações do que pode ser, todos os ‘se’ de uma história mal contada e sem enredo ou personagem principal. Não é estranho isso? Pensar na própria vida e não se reconhecer como a personagem em questão?

This is the stage I’m in, diz agora uma das possíveis continuações dessa narração que se perde em línguas, tal como fazia Anais Nin. Antes glorificada, antes compreendida e agora vista como realmente era: uma menininha que queria o mundo.


Entende agora minha confusão nisso tudo?
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fica o que não se escreve.