sexta-feira, outubro 03, 2008

Às vezes gosto de pensar que você não é metade do homem que imagino que você é. Faz tudo ser mais fácil. E então você vem, sem segredos, sem ganhos ou perdas. Não há mais olhares furtivos, mensagens perdidas, nem as confusões diárias que você sempre me criou. Exclui até aqueles que me serviam de carinho e coragem alheia. Abaixei minhas armas e gritei àquele mar estrondoso que te quero, e quero, na intensidade e nas medidas que me é oferecido.
Esfarelei nossas (suaves) diferenças. Somos um, tão unidos que toda clareza se confunde. As roupas se perdem, os olhos divagam, a pele enrosca na pele, os pêlos arrepiam, os dentes cravam, as línguas procuram, os sexos explodem. Somos um, em ponto do fusão, escoando ralo abaixo.
Eu te espero, rapaz. No final de toda essa bagunça, de todos esses corações, que como o meu, definham em procura do seu. Te espero.
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fica o que não se escreve.