sábado, junho 23, 2007

meu erro era teu acerto. sempre me dizia e repetiu na carta "o arrependimento em você foi fraqueza. em mim, a confirmação mor de força".
nunca tive coragem de negar, mas escrevo isso hoje porque ambos precisamos reconhecer os fatos. confesso, me arrependi primeiro (e por temor) mas exigiu esforço voltar, abaixar a guarda, te beijar a boca e pedir pra ficar.
só então você veio, leão vencido pela primeira vez, calou, esperou uma indagação. achou que o teu silêncio me doeria o peito, que causaria em mim o sentimento que confirmaria a tua força.
eis aqui a verdade que você não sabia até então: eu fingi. não te amei na tua volta, e não era nada como meu coração ardente. encostei tua cabeça na minha e chorei! céus, chorei lágrimas de crocodilos sem piedade qualquer. você foi meu palco, e eu brilhei. você me amou, e eu brilhei.
me arranca uma vida dizer isso, fui tudo o que julgo amoral e sujo, mas não me arrependo. sabe bem que eu te esperei por diversas vezes enquanto existiam as outras. foi recíproco.
falei demais. entretanto, precisava saber, você precisava ver a minha maior vitória. e demorou, engoli as palmas, logo eu! que sempre fui tão orgulhosa.~
olhe bem, a sala está tão fria, e a imagem continua ali (...)
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fica o que não se escreve.