quarta-feira, agosto 11, 2010

Você se prende a mim porque, de alguma maneira insana, eu te faço bem. E isto é raro; eu não faço bem as pessoas.
'Seu amor inunda e rouba o ar', você diz. Desde então, não mais consigo sorrir sem chorar.
E quando tomo a decisão mais madura, pulo do barco e nado correnteza a frente, você me puxa por esse cordão umbilical que nunca parte, me abraça as pernas e pede por favor, 'o amor cresce, o amor nasce'.
Nunca duvidei que pudesse te fazer me amar. Mas também, nunca achei que precisaria me esforçar.
Nosso sentimento não aumenta, migra. Quando começar a senti-lo, este não mais habitará em meu peito. E então, do que me adiantará, coração? Deixe-o fatigar-se em mim, dominar meu corpo para que eu nunca esqueça que um dia fui sua.
Mesmo porque seu bem querer jamais me foi merecido.
Retorno humildemente todas as noites para imundice no qual tenho meu real berço, acalento o corpo com lúxuria, e a alma, com a mentira do porquê.
.
.
.
fica o que não se escreve.