domingo, agosto 24, 2008

Quando me carregou contigo para dez anos atrás, eu me apaixonei. Encontrá-lo assim, na mocidade como Xenofonte, feito de música e juventude era o céu. Seus olhos, miúdos e esperançosos, encheu-me de prazer vê-lo assim, tão vivo e carregado de afeição. Amaria-o ainda mais se não tivesse que disputar sua vivacidade com o novo-você, coberto pelos dez anos de tristeza que seguiram ao pobre Xenofonte, transformando-o em Luisiana, figura tão amarga, que há tanto vive da nostalgia, alimentando-se da beleza de uma vida já abandonada.
Olhava-o no passado e dialogava contigo no futuro. Finalmente entendi a tênue linha entre amor e ódio.
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fica o que não se escreve.