domingo, dezembro 23, 2007

Se você me pedisse, eu faria. por indiferença de sentimentos, pelos filhos acidentais, pela lógica caçada. seria natural para as aparências, iríamos criar expectativa e agonias secretas. como vivemos sem saber que um dia choramos por um pelo outro, em silêncio? se minha s palavras fossem tão suaves como a maneira que são escritas, então tudo isso seria, enfim, verdade.
mas não é assim que eu sou e o tempo me arrasta daqui. arrasta suas vontades, que você lamenta com expressões metálicas e olhares secos. está tudo bem. todos estamos bem.
um crime errado. bagunçado, estilhaçado, copiado, sugado, desgraçado. não está certo. não, não está, não senhor. você jamais vai entender o que eu lhe digo. e eu sei! choro exatamente por saber que o que nos separa não é somente areia e água. é uma vida inteira a frente, é um destino nojento, coberto de lama. eu sei que você pode enfrentá-los. eu sei posso enfrentá-los. mas juntos, não haveria soma. deve se lembrar bem dessa nossa conversa. eu não acreditava nas minhas próprias palavras, mas ainda assim, lhe fiz entender.
- você não me pertence.
.
.
.
fica o que não se escreve.