Choveu e ventou essa tarde. forcei a vinda do sono pra não ver o tempo passar. lembrei de cada passado lúbrico, só para não lembrar. quando não consegui mais enfrentar o despertador daquela maneira que fazíamos juntos, levantei e sai doída por companhia. Ninguém mais existia.
Parece estupidez, mas eu tinha esse plano maluco que alimentava todos meus vícios. logo, eles saiam com a água, saciados, para enfim, arder em fogo, fogo, amor subliminado; sublimado.
ventando e chovendo, vivendo os faróis abandonados, subi à placa de estacionamento proibido de sua antiga rua e rolei por sua face ainda projetada no asfalto frio.
Rolei por sua face como a água na sarjeta. então ali, depois do fim de tudo, ninguém mais existia. e eu chorava, sim; mas de alegria. Uma alegria insana, descontrolada e verdadeira. transformei o vício, a água e o fogo em palavras, palavras minúsculas.
enrolei, enrolamos, mas saiu ,)
dagente pra vocês~