sexta-feira, outubro 19, 2007

amei muitos para amar pouco. escolha pessoal, por segurança e também por gosto. essa feição me serve. às escuras, não nego, mas ainda assim, minha feição.
acreditei por toda uma vida que todos eram de tal modo. não existia, na verdade, o amor. mas como a idéia era bonita demais para se deixar sumir, cultivaram-na em páginas de longas histórias.
alguns mentiam, diziam em palavras altivas "eu amo!". outros realmente acreditavam sentir. nunca os neguei. pra quê? pra que causar controvérsia? achava divertido assistir a todo o espetáculo. amaciava o ego.
porém, numa tarde tão igual as outras, toda minha pose mulherzinha foi destruída pelas lágrimas d'uma menina. tão miúda e querida, quase passou despercebida por meus olhos enquanto falava de tamanho afeto. chorou nos meus braços e soluçou "eu o amo".

lembra daquela nossa conversa? aquela sobre a bondade? não são aquelas grandes figuras que você citava que faziam diferença para mim. são pessoas como você. mudou minha opinião não uma, mas duas vezes. E eu te agradeço por isso.

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fica o que não se escreve.