enquanto analisava nossas antigas razões, percebi como fomos felizes. mesmo assim, de longe, você me completou. aquele espaço vago que eu guardava por segurança, caso um dia houvesse algo disposto a tomar conta, foi tomado sem que eu mesmo notasse. não falo de amor e romance barato, e sim sobre aquele espaço que me garante um conforto durante os atos. posição onde mesmo depois que você se fosse, ainda seria capaz de sentir seu braço no meu, e dentro do ser, o aroma.
você se sentia preocupado durante minhas confissões, usava um tom maduro, paternal.
- eu já fui magoada antes, sabia?
você me respondia com voz de sarcasmo:
- eu duvido que você seja capaz de sentir esse sentimento que tanto invoca.
conclui depois desse dia, que nada passou de personagens invertidos. você entendia minhas razões. lhe dou meus cumprimentos, e junto deles, (ainda sabendo das calúnias) meu coração.