sábado, agosto 11, 2007

enquanto analisava nossas antigas razões, percebi como fomos felizes. mesmo assim, de longe, você me completou. aquele espaço vago que eu guardava por segurança, caso um dia houvesse algo disposto a tomar conta, foi tomado sem que eu mesmo notasse. não falo de amor e romance barato, e sim sobre aquele espaço que me garante um conforto durante os atos. posição onde mesmo depois que você se fosse, ainda seria capaz de sentir seu braço no meu, e dentro do ser, o aroma.
você se sentia preocupado durante minhas confissões, usava um tom maduro, paternal.
- eu já fui magoada antes, sabia?
você me respondia com voz de sarcasmo:
- eu duvido que você seja capaz de sentir esse sentimento que tanto invoca.
conclui depois desse dia, que nada passou de personagens invertidos. você entendia minhas razões. lhe dou meus cumprimentos, e junto deles, (ainda sabendo das calúnias) meu coração.
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fica o que não se escreve.