terça-feira, setembro 26, 2006

sabe aquela canção sobre qual você sempre comentava?

"come a little bit closer, hear what I have to say..."

eu finalmente entendi o que quer contar. e também o que você queria dizer quando falava sobre pó.
do outro lado do espelho, te achei, por aquele momento, bronco, um miúdo criando um fato para conseguir se lembrar.. até passei um terço de hora imaginando você com a agenda patética escrevendo "pó: 3642 - xx xx". eu me divertia sozinha, em seguida, abraçava o gato, e contava meus mistérios.
acho que todo o "enigma” foi assaz exagerado, confesso. mas pela primeira vez, eu ansiei fazer certo, sabe? leminski, o salto alto e aquela sabedoria aérea. nada daquilo me interessa. eu só queria saber como era, afinal, ser a “vilã” da história. sentir aquele fio de culpa, sem me afogar em hipóteses e pretextos.
mas ainda não te perdôo pelo o que fez, pois a culpa não é inteiramente minha.
enquanto continuamos nesse jogo, acho que vou continuar sentada, variando o toca-discos entre elliott smith e moby. se você preferisse, eu continuava a te cantar "you cant see that you're just the same as all the stupid people you hate" bem baixinho, ao pé do ouvido, mas você nunca gostou dessa música mesmo. e sem mencionar, que você nunca volta. você nunca vem.

beijos e mudanças;
Laika.
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fica o que não se escreve.