sexta-feira, março 13, 2009

Joguei meu corpo cansado na cadeira e segurei uma taça à minha frente com as duas mãos, procurando no fundo meu reflexo no resto de champanhe. Mais do que isso; eu busquei minha dignidade. Um pouco de amor próprio e respeito ao próximo. A tal culpa cristã me tentando convencer a voltar e desistir. Voltar pra onde? Eu não pertencia a lugar algum. Eu preciso de amor e carinho e afeto e qualquer uma dessas coisas que não sei merecer. E mais; livrar-me dos espectros dos amores pretéritos. Uma alma nova, limpinha e leve. Zerar o carma, como num acordo com Deus. 'Tira-me o saldo negativo e eu prometo que não jogo mais pedras na sua casa, tá bem?'. Mas o egoísta não me ouve, ele nunca ouve.
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fica o que não se escreve.