segunda-feira, março 17, 2008

Sonhei (de novo) contigo. era naquele botequim que sempre me descrevia, perto do rio. não tinha harmonia, só barulho. línguas e cordas se contorcendo, chorando. batalhavam, uma contra outra, pelos mesmos extremos. você ficava tão impressionado, quase um miúdo de brinquedo novo, xelofonte.
Não resisti e te roubei. Meu sonho, minhas vontades.
Lá, onde só nós merecemos estar, eu te disse tudo. Sem palavras. No cenário obscuro, você, aos poucos, se dissipava.
"Há partes de mim que você não pode ter".
Eco. sem corpo, a cama logo desaparece e volto a realidade. tenho seus reversos, algumas fotos e sua voz. Perdoa meu materialismo, mas em amor, eu me afogo todas as noites. Quero a face, perna, barriga, cabelo. me perder em gozo e não em esperanças. Pode você, realmente me culpar por estar viva?
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fica o que não se escreve.